Dienithon Monteiro: A Voz Técnica por Trás da Transformação do Setor Têxtil Brasileiro
Analista da Pit Bull Jeans aponta tendências, desafios e iniciativas que impulsionam o crescimento do vestuário nacional
O Brasil consolidou nos últimos anos uma das cadeias têxteis mais completas do Ocidente, abrangendo desde a produção de insumos até a confecção final de roupas e acessórios personalizados. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o setor emprega cerca de 1,3 milhão de trabalhadores formais, acumulando 9,7% do total de empregos industriais do país e demonstrando sua relevância econômica em todo o território nacional.
As projeções para 2025 reforçam o bom momento da indústria. O Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer cerca de 2,44%, em um contexto de inflação em queda e recuperação gradual do poder de compra. No mesmo período, o setor têxtil movimentou R$ 125,3 bilhões, atingindo um patamar de maturidade que o coloca entre as principais indústrias produtivas do Brasil.
De forma alinhada a esse movimento, o segmento de vestuário também mostrou força. “O setor de vestuário no Brasil cresceu entre 1% e 1,6% na produção nacional em 2025. No varejo, somente no primeiro semestre, houve alta de 5,5% em volume de vendas e 8,6% em receita nominal.
O setor tende a acompanhar o desempenho da economia, que deve ficar na casa de 2,44% para 2026, impulsionado por grandes empresas”, explica Dienithon Monteiro, Analista de Planejamento e Controle da Produção da Pit Bull Jeans.
A marca, nascida em Goiânia e reconhecida pela modelagem que valoriza as curvas femininas, está presente em mais de 35 países e mantém lojas próprias em diferentes regiões do Brasil. Com forte apelo à autoestima feminina e à inovação no jeanswear, a Pit Bull Jeans se posiciona como referência no mercado nacional e internacional.
Dienithon desempenhou um papel decisivo na consolidação dos resultados mais recentes da empresa.
“Depois de alguns ajustes estratégicos, aumentei o faturamento entre 20% e 30%, reorganizando o planejamento comercial e fortalecendo o relacionamento com os clientes”, destaca o analista. Para ele, os resultados vieram de um conjunto de ações estruturais que incluíram a otimização do processo de vendas, a redução do ciclo de negociação e o aumento da taxa de conversão.
Outro ponto determinante foi a implantação de um sistema de metas e indicadores (KPIs), que trouxe maior previsibilidade operacional e facilitou decisões assertivas. No entanto, a transformação que mais gerou impacto veio do aprimoramento da equipe.
“Desenvolvi a equipe de vendas e promovi um ambiente de alta performance e foco em resultados. Essa foi a mudança mais importante no dia a dia da marca”, afirma.
Formado em Administração e especializado em Gestão em Marketing e Vendas pela FATAP, em Minas Gerais, Dienithon Monteiro reúne grande experiência em gestão comercial, análise de performance, planejamento estratégico e capacitação de equipes, especialmente franqueados.
“Tenho ampla experiência em execução e gestão de marketing no ponto de venda, o que aumenta a visibilidade da marca e impulsiona as vendas. A gestão de materiais de merchandising e comunicação visual no PDV também é essencial”, afirma.
O setor têxtil, por sua vez, permanece como um importante gerador de empregos, sendo 68% deles concentrados em micro e pequenas empresas familiares — justamente as que mais precisam investir em modernização para se manter competitivas.
Dienithon reforça que isso já está acontecendo:
“As empresas já compreenderam a importância da automação, da modernização e do treinamento das equipes de vendas dentro dos processos produtivos. Segundo a Abit, 74% dos empresários pretendem investir em maquinário e equipamentos até meados de 2026, enquanto 55% planejam aplicar recursos em tecnologia e automação”, explica.
Com inovação constante e novas tecnologias, o futuro do setor é promissor. “Veremos um mercado cada vez mais tecnológico, com impressão digital, inteligência artificial e softwares de personalização. Isso permite criar estampas exclusivas, prever tendências e ajustar a produção conforme a demanda. Quem não se modernizar ficará obsoleto”, finaliza Monteiro.
