Policial civil que matou assessor em briga de trânsito na Barra atirou pelas costas; Justiça decreta prisão
Defesa de Raphael Pinto Ferreira Gedeão afirma que ele está à disposição para esclarecimentos
Por Guilherme Santos, Henrique Coelho, g1 Rio
20/01/2025 10h02 | Atualizado há uma hora
A Justiça decretou a prisão de Raphael Pinto Ferreira Gedeão, policial civil acusado de matar o assessor parlamentar Marcelo dos Anjos Abitan da Silva após uma briga de trânsito na Barra da Tijuca, na madrugada deste domingo (19).
De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Capital, o policial disparou pelo menos três vezes contra Abitan. Dois dos tiros atingiram a vítima pelas costas, enquanto ela tentava fugir, já baleada.
A defesa de Gedeão declarou que ele “entrou em contato com os órgãos de segurança imediatamente após o ocorrido, a fim de diligenciarem ao local e prestarem auxílio à vítima” e que o policial “colocou-se à disposição da autoridade policial para eventuais esclarecimentos sobre os fatos”.
Como aconteceu o caso
As investigações revelaram que Gedeão mora no apart-hotel Wyndham, onde Abitan também estava hospedado desde o réveillon. Por volta das 3h de domingo, o policial tentou entrar com sua picape na garagem, mas a cancela não abriu. Ele deixou o veículo na rampa e foi buscar ajuda.
Pouco depois, Abitan chegou de carro e começou a buzinar repetidamente ao se deparar com a picape parada no acesso. Quando Gedeão retornou, os dois iniciaram uma discussão acalorada.
Conforme apurado pela TV Globo, Abitan se aproximou do policial, que então sacou sua arma, pedindo que ele recuasse. Em seguida, Gedeão efetuou o primeiro disparo, atingindo o abdômen de Abitan. A vítima tentou fugir, mas o policial realizou mais dois disparos que acertaram as costas de Abitan, que morreu no local.
Para deixar o local, Gedeão arrebentou a cancela do apart-hotel com seu veículo.
Repercussão e medidas legais
O caso gerou grande comoção e colocou em foco a conduta do policial, que está sob custódia das autoridades. A prisão decretada reflete a gravidade das circunstâncias, principalmente pelo fato de os disparos terem sido feitos quando a vítima já tentava escapar.
Marcelo dos Anjos Abitan da Silva, conhecido por sua atuação como assessor parlamentar e empresário, deixa amigos e familiares em luto.